quinta-feira, 16 de outubro de 2014

CHIKUNGUNYA EM PERNAMBUCO

PE confirma 1º caso de chikungunya; outros cinco são investigados

Informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde nesta quarta.
Ministério da Saúde confirmou 337 casos da doença em todo o país.

Do G1 PE
Roselene Hans, diretora-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (Foto: Reprodução / TV Globo)Roselene Hans, diretora-geral de Controle de Doenças e
Agravos da SES, disse que ações de alerta serão feitas em
todos os municípios (Foto: Reprodução / TV Globo)
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que um caso de infecção pelo vírus chikungunya foi confirmado em Pernambuco. Outros cinco casos estão sendo investigados. Segundo o órgão, nenhuma transmissão ocorreu dentro do próprio estado (casos autóctones). Os pacientes foram infectados na Bahia, República Dominicana e África. A SES ainda não sabe em qual país africano o doente teria contraído a doença. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (15).

“A gente não tem o vírus no estado, mas estamos fazendo o alerta porque temos a circulação do mosquito. Então, é real a probabilidade da gente ter pessoas que cheguem ao estado, estejam infectadas, e o mosquito pique essa pessoa infectada e passe para outras”, afirmou a diretora-geral de Controle de Doenças e Agravos da SES, Roselene Hans.
Ela ainda afirmou que o paciente que teve o caso confirmado é um missionário. Ele já recebeu alta médica, assim como os outros doentes. "Os primeiros exames desses suspeitos deram negativo para o vírus. Estamos esperando completar o 20º dia para fazer o segundo teste", disse.
Mobilização nos municípios
Apesar de ainda não ter registrado casos autóctones, a Secretaria de Saúde começou a preparar profissionais para uma provável presença do vírus no estado. Representantes das vigilâncias epidemiológicas e ambientais dos municípios do Grande Recife, Zona da Mata e Agreste, além das 12 regionais de saúde, participaram de encontro para discutir as ações de combate à febre chikungunya. O encontro ocorreu na sede da SES, no Bongi, Zona Oeste da capital.
Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)Sintomas da febre chikungunya são parecidos com os da
dengue (Foto: Reprodução/TV Globo)
“Pernambuco começou a realizar ações de alerta em todos os municípios. São ações de levantamento de índice de infestação, que seriam realizadas em novembro, e vão ser antecipadas, a partir da próxima semana. A partir daí, a gente vai intensificar ações de campo, nos locais onde o índice de infestação aparecer com uma positividade maior, e ações de mobilização social para a gente informar a população que, nesse fim de ano, a gente pode ter casos de dengue e de chikungunya”, argumentou a diretora de Controle de Doenças e Agravos da SES.

Para se proteger, a população deve evitar a formação de focos do mosquito. “São todas aquelas atividades que a gente já incentiva, durante todo o período de verão, principalmente, que é onde o mosquito tem uma condição climática mais favorável para se proliferar. É preciso evitar ter focos de mosquito dentro de casa, no entorno, 90% dos focos que encontramos estão dentro de casa ou no entorno”, ensinou Roselene Hans.
A doença
O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas articulações – já haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e Aedes albopictus.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Fonte: G1.globo.com. Leia aqui

CHIKUNGUNYA NO BRASIL


Até o dia 11 deste mês, foram registrados 337 casos da doença no Brasil. O Ministério da Saúde intensificou as medidas de prevenção nas regiões com registro de casos de chikungunya
CASOS CONFIRMADOS
Até o dia 11 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 337 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 274 no município de Feira de Santana (BA), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).
Caracterizada a transmissão sustentada de Chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como: sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença. 

  • Número de casos importados, por unidade da federação notificadora
Estado de notificação
Números
Amazonas
1
Amapá
1
Ceará
4
Distrito Federal
2
Goiás
1
Maranhão
1
Pará
1
Paraná
2
Rio de Janeiro
3
Rio Grande do Sul
2
Roraima
3
São Paulo
17
Brasil
38

  • Número de casos autóctones, por unidade da federação
Estado
Números
Amapá
17
Bahia
281
Minas Gerais
1
Brasil
299

AÇÕES - 
Como parte das medidas para o combate à dengue e à febre Chikungunya, o Governo Federal, em parceria com estados e municípios, realiza até o final de outubro, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa ). O objetivo é identificar as larvas dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, onde estão os focos e os depósitos de água onde foi encontrado o maior número de focos de mosquito.
Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.
Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros.
PREVENÇÃO - A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da febre são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ́água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo.
DOENÇA NO MUNDO - De acordo com a OMS, desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.
Atualização periódica do número de casos nos demais países do continente americano, onde ocorre transmissão de chikungunya, pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico:
Por Carlos Américo, da Agência SaúdeAtendimento à Imprensa(61) 3315.3580 – 2577